Começa a ser desenvolvido em uma fazenda no Norte de Minas Gerais, o primeiro projeto integrado de bioenergia do país que vai usar como matéria-prima fezes de galinhas. O objetivo é produzir um gás, que será beneficiado e utilizado por uma indústria local em suas caldeiras. Esse gás gerado seria suficiente para movimentar uma termelétrica de 4 megawatts, energia capaz de atender a uma cidade de 60 mil habitantes.
Maurício Schittini, da Incisa Empreendimentos e Participações, um dos idealizadores do projeto, não esconde o entusiasmo. Segundo ele, a fazenda tem 1,8 milhão de galinhas poedeiras. Elas ficam confinadas em galpões e produzem 40 toneladas por dia de fezes.
Schittini diz que o projeto da usina de bioenergia usando fezes vai gerar 20 toneladas por dia de fertilizantes. Além disso, 20 mil metros cúbicos por dia de gás, que serão fornecidos para a indústria vizinha à fazenda. O especialista frisou que, de acordo com a região onde for instalado esse projeto, o gás poderá ser beneficiado e transformado em outros tipos de energia.
— Dependendo das necessidades do local, pode se produzir GLP, o gás de cozinha, o gás veicular (o GNV) ou se instalar uma usina termelétrica para gerar energia — ressaltou Schittini.
Segundo o executivo, já existem no país vários projetos de biomassa — tratamento de materiais orgânicos, desde esterco até casca de café e soja, e bagaço de cana de açúcar. A diferença, diz ele, é que a empresa trouxe pela primeira vez para o Brasil, projeto de bioenergia (com tecnologia americana) totalmente integrado.
— Será o primeiro projeto do gênero integrado que vai tratar os rejeitos das aves (fezes), que hoje poluem o meio ambiente. E vai gerar fertilizantes e gás — disse Schittini.
Roberto Almeida, presidente da Incisa, explicou que, conforme as necessidades da região, será dado o destino do gás.
— Esse projeto é ideal para região agrícola, onde há criação de animais confinados, como granjas de galinhas ou suínos — disse Luiz Felipe Pereira, que também participa do projeto.
Fonte:Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário